Daquela tal filosofia - para espíritos inquietos.
Não fosse pela palestra do Luis Fulgante, talvez eu nem resolvesse gastar 10 folhas do meu bloquinho em uma hora. Não fosse isso talvez.
Visto de uma ponto neutro, você se move apenas (ou com apenas) aquilo que te faz querer mover; e é essa a grande verdade. 'Acontecimento é aquele que, sem o qual, o tempo não existiria'.
Pode ser entendido apenas por forças de destinos contraditórios, ou mesmo favoritários ao seu, que passam e assopram, influenciam ou dão a batida para o teu ritmo. Para quem não entendeu: imagine um campo acima do nosso onde só as nossas almas ocupam o espaço onde somos apenas luzes? Elas não parariam quietas. Essa é a grande questão. O que é que te inquieta? O que é que faz sua alma se mover?
Talvez seja na percepção periódica que você resolva ir no embalo; também é possivel. Outra maniera seria pelo impulso do passo de alguém; alguém que passou correndo, fez um vento e te empurrou.
A grande jogada, a tirada com essas miudesas da vida em movimento é achar oque é seu dentro do você mesmo. Deve-se encontrar o gosto, o jeito e os 'etcs' que te movem porque é essa singularidade que te constitui como sendo você. É o não necessitar de energias externas (ou necessitar o menos possível) por ser o criador e saber como coordenas a criatura. É sentir-se inteiro, concreto, imperfeito. Imperfeito, sim; como ser que questiona, interessa-se, inquieta-se.
A professora da Escola livre disse que você melhora, ('improve', palavras que você entende melhor em inglês do que em português), você mesmo quando melhora suas perguntas. O que é aquilo que te move quando você não tem vontade (ou necessidade) de levantar, ou sorrir, ou pensar, ou cantar, ou andar...?
É o tal do "Torna-te aquilo que és!". (Píndaro, grego e coisa e tal).