o mundo pequeno.
quarta-feira, junho 28, 2006
 
é triste admitir que sua inspiração não mora com você.








grito comigo mesma, e aquela lá que anda adormecida aqui dentro grita de volta dizendo "foi você que decidiu deixar pra trás, foi você".

 
terça-feira, junho 20, 2006
  uma flacha sem alvo que dança





Não sei se é por ser fim de semestre, mas eu me cansei de não sentir nada. Parece só cansaço. Pra baixo, costas curvadas, e rosto apático que só ganha um sorriso quando eu coloco os fones de ouvido e mudo de mundo. Mas assim, sozinha, eu não consigo mais, a distância entre o meu "eu mesmo" é muito grande.
Talvez seja a época, mas parece que oque eu quero é só sentar naquele banco de ônibus, do lado da janela, e ficar com ele andando por aí. Chegar no meu ponto e não descer e andar e andar e andar. Assim, sem alvo.
Eu já não acho mais graça nas coisas na minha volta e até o sol deixou de ser motivo de poesia. Parece mais que os dias não amanhecem. Presa nos pesadelos eu penso, ainda dormindo, que eu preciso acordar. Presa no dia eu penso, já acordada, que eu preciso dormir. Falta força pra ser obstinada.
A falta de vontade de ter vontade, e parece que os momentos de descanso pasame tudo que eu quero é que os proximos cheguem e eu não gosto disso. Nunca gostei de querer que o tempo passe mais rápido. Nada do que eu deveria estar fazendo eu estou fazendo por inteiro, e as vezes eu penso em correr mas eu caí da escada hoje e machuquei o pé. Todo aquele mundo com o qual eu troco coisas parece não me responder e se responde, eu, assim apática, dou os ombros e desvio.
Um agito que mora aqui dentro. Um vento que pasa ressecando o lábio, o cabelo, a pele e o peito. E eume anulo, justamente pra não ter que ser anulada.


a flecha que corre e corre e corre, e só.
 
segunda-feira, junho 05, 2006
  wicker park
Minha mãe me disse outro dia que meus textos tem "muitas palavras". Eu até sei oque isso quer dizer, sei de verdade. Eu faço um breve momento de silêncio com os meus textos, até eu entender como eu faço pra não ter "tanta palavra".



Fui para Iporanga, lá no PETAR. Cavernas e água gelada. Gelada de verdade, mais gelada do que eu poderia imaginar que a agua poderia ser. Lindo, de uma força tremenda; pra mim tudo fez muito sentido e eu voltei de lá um pouco mais confusa do que eu fui. Aquela coisa de 'onde é que você pertence'. No caminho de volta, ou ouvindo Eriatarka eu entendi que quando o problema mora do lado de dentro é mais difícil. Se eu pudesse ficar por lá, eu ficaria. Gostei mesmo de lá, gostei mesmo daquela pedra alta daquela caverna oca e vazia.

Daí, nasférias, eu vou ter um mês pra crecer muito, muito rápido. Teatro, vestibular, projetos e projetos e projetos. Preciso achar qual é a parte que falta, aquela em letras, aquela em palcos e aquela...? Sabe assim? Falta uma.




Porque tem uma parte de mim que se sente segura estando aí.
 

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Local: São Paulo, São Paulo

aquela do lugar onde as coisas andavam mais devagar. se mudou e recentemente pega o metrô cheio da linha vermelha.

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