wicker park
Minha mãe me disse outro dia que meus textos tem "muitas palavras". Eu até sei oque isso quer dizer, sei de verdade. Eu faço um breve momento de silêncio com os meus textos, até eu entender como eu faço pra não ter "tanta palavra".
Fui para Iporanga, lá no PETAR. Cavernas e água gelada. Gelada de verdade, mais gelada do que eu poderia imaginar que a agua poderia ser. Lindo, de uma força tremenda; pra mim tudo fez muito sentido e eu voltei de lá um pouco mais confusa do que eu fui. Aquela coisa de 'onde é que você pertence'. No caminho de volta, ou ouvindo Eriatarka eu entendi que quando o problema mora do lado de dentro é mais difícil. Se eu pudesse ficar por lá, eu ficaria. Gostei mesmo de lá, gostei mesmo daquela pedra alta daquela caverna oca e vazia.
Daí, nasférias, eu vou ter um mês pra crecer muito, muito rápido. Teatro, vestibular, projetos e projetos e projetos. Preciso achar qual é a parte que falta, aquela em letras, aquela em palcos e aquela...? Sabe assim? Falta uma.

Porque tem uma parte de mim que se sente segura estando aí.