o mundo pequeno.
segunda-feira, janeiro 30, 2006
  Aquele caminho. Aquela prisão.
As curvas foram melódicas e de tão calma que sua respiração parecia, até dormir ela conseguiu. Acordou com os olhos brilhando e a cara de sono não se notava quando a feição era de quem avista o mar pela primeira vez. Pronto. O sonho se fez real e o chamado tinha sido ouvido, e chance foi aproveitada... Não tinha sido difícil até ali.
O ônibus levou ela até a esquina da casa dos sonhos. Do jeito exato que ela era, com todo o pacote "casa-rua-árvore-portão" logo ali, numa parte mais alta daquela cidade que parecia ter saído de um filme; aquela filme, aquele mesmo que sempre foi o filme dela.
Antes de apertar a campainha notou que no sonho ela estava mais bonita, mais brilhante até mesmo mais alimentada. Mas, quem se importa? Chamaram, oras. Estava ela ali.
A campainha soou e doeu um pouco, era uma expectativa dela parada naquela parte da estrada onde existem dois caminhos. Aumentar ou sumir.
Silêncio.
Ninguém atendeu exceto o cachorro que até latiu e ela sabia que na linguagem dele, ele até tinha sido simpático. Com a misto de novo ódio e o resto do entusiasmo ela chamou um táxi, porque achou que merecia realmente gastar o dinheiro com isso. Dentre mil motivos que rodavam na sua cabeça, sua adrenalina não abaixava e isso irritava mais ainda; ela sempre odiou -se por não saber respirar quando pensava naquilo. Mas tudo levava aquilo. Mas como pode alguém esquecer como se respira?
Não foi pela incrível sensibilidade que ela adquiriu em questão de minutos; era tanta certeza de que aquela porta se abriria, certeza escondida atrás de uma montanha de mentiras que invetara pra si, com entuito de calar todas as especulações que sua consciência lhe entregava quando particularmente era egoísta.

Seca das lágrimas que achava que não tinha para chorar, jogou para trás aquele cd das melhores músicas para embalar um salto como aquele e a lista de todos os motivos pelos quais ela tinha ido. Sim, ela tinha decorado isso e a lista dos passos e planos para o salto, que estava no verso da folha dos motivos. Apertou os lábios porque se apertasse os olhos, eles pingariam. Apertou a mão porque se apertasse o peito, ele emplodiria. Com lágrimas doídas que caiam e atravessavam o rosto encostado na janela do ônibus; com destino ao conserto. Conserto não era exatamente o caminho de casa; mas ela teria, de uma forma ou outra, que parar pra consertar.O choro era de consolo, dela para ela mesma.

"Não te preocupa. Chore agora. Só, apenas, reconstitua seu sorriso ao descer, querida" ela pensava.
 
sexta-feira, janeiro 27, 2006
  leve na lembrança, a singela melodia.
Porque eu me peguei pensando em destino. E em como as coisas são "feitas para ser". Ao pé do início do terceiro ano colegial eu penso que queria um quarto. Não estou pronta pra crescer e o mais engraçado é que eu sempre cresci mais rápido que o resto. Logo eu chego no beco e penso..."okay, mais devagar agora".
Eu vejo pessoas conquistando coisas que elas realmente lutaram para ter. Lutaram como eu queria lutar. Sinceramente, é difícil escolher um caminho pensando que este será trabalhoso e vai requerir mais de você. Mas parece ser o único critério rígido o suficiente. Quero lutar por tudo que quero. É mais ou menos isso.
As coisas, até o presente momento, aconteceram comigo quase que por impulso. Eu li naquele livro "Resumo da ópera" que o vento não sopra pra quem não sabe onde ir. Soprou pra mim. Entrei no teatro por vontade mas entrei num grupo por chance. Aproveitei e não quis largar e hoje vejo que dar tudo de mim, lá dentro, é muito difícil.
Comecei a escrever por impulso, necessidade de soltar. Oque não quer dizer que seus amigos vão ler suas confissões afinal, eles não sabem que é importante pra você. E definir quem eu sou é complicado quando na verdade você é uma mistura grande de todo mundo. Gênio forte, personalidade fort, onde foram parar vocês?
Sei que queria ler mais livros e achá-los mais divertidos. Porque na real, Crime e Castigo é muito demorado, a história é boa mas ele é demorado. Ai eu me perco nos meus pensamentos. Acaba esse ano e ai? Oque vem depois?

Pra quem não sabe onde ir, qualquer lugar é o bastante. Essa aí é fato. Mas se ser jornalista for meu sonho, porque eu tenho tanto medo dele? E se não for, porque é que parece que é o único lugar que me chama?
Então vamos lá. Vamos bolar um planos. Simples e prático.

Agora senta e pensa.
 
quinta-feira, janeiro 19, 2006
  my "to do" list.
Me ensinaram. Vou ver se funciona.

Kéky pequeno porquinho:

[se você fosse uma garota diferente, sabe lá como você seria. depende de como você vê.]

Espero que você esteja mais calma, tranqüila ou apenas mais serena. Saiba achar sua paz sem precisar procurar muito.
Que tenha estudado e tenha as melhores notas possíveis, mesmo que seja a 3° do top da sala. Manje mais de inglês, de música (brasileira e clássica) e tenha lido pelo menos 5 livros da lista que está dentro da sua 1° gaveta de bagunças, onde fica também seu dicionário de inglês.
Do teatro espero que você faça você, completa e cheia. Da vida, só sua; pare de entregá-la tão fácil. Tenha mais , reze mais. Tenha planos exatos e não se desespere com a possível idéia de ter de mudá-los. Espero que você já tenha viajado sozinha, ainda que só por um dia. Seja menos acomodada, pense menos antes de agir e mais antes de começar uma briga.
Você sabe que é uma boa para oque pode ser hoje, não caia num limbo porque você tem, e sempre terá, cor. Só você sabe dos mares por onde você andou então não tenha medo de crescer. Te derão uma dádiva de saborear momentos para perceber situações e trazê-las de volta sempre que possível. Não tenha medo de ser grande.
Não desista do amor, ainda que ele seja inveção sua. Espero que tenha cuidado das suas pessoas que confiaram a ti fazendo do mundo delas um mundo mais colorido.


Invente mais, garota. Não tenha pena de sí mesmo ainda que isso seja herança genética.
._Seja mariposa da sua própria vida.
 
terça-feira, janeiro 17, 2006
  tudo na metade.


chega. vo me esconde... tá?

A decepção é terrível, eu acho que no meio de toda as tralhas da minha vida, aquela parte que as coisas grandes ocupam é a mais bagunçada. Não dá pra colocar ordem, e essas grandes partículas não são modeláveis; ela não se ajeitam de forma alguma. Ficam só por aqui, assim, se empurrando e brigando por espaços.

As coisas que são pequenas, confortáveis e bonitas estão sofendo as conseqüencias. Os meus sonhos se dividem pois não há guiches suficientes para atender todos eles. E as prioridades se confudem.
Decepção, que se confunde com a decepção que eu tenho comigo.
U2 e vai saber oque raios tem nesse show que me faça ir ainda. Ou oque raios tinha nesse dia 20 que me fez não ir. Além de uruca e falta de competência alheia. A jaqueta verde não era sua, a rua nunca foi tão descofortável pra um moleque como eu que adora sentar no chão

TI é o único motivo pelo qual eu me sinto motivada a motivar mais motivos pra não desistir de crescer. Mas é um fato real que escolhas são escolhas e as minhas estão atarrancadas, expressão que eu não saberia explícitar oque realmente significa. Mas é isso ai que é. Juro.
A casa que já deveria estar em ordem, o quarto que não pára em ordem mais de um dia, as relações que deveriam estar perfeitas e em ponto de perfeita fluência, tudo meio atarrancado.

Como numa ralação entre duas pessoas que está por acabar à todo e qualquer simples momento. Sinto assim. Entre eu e o migo mesmo.

te vejo depois.
qualquer coisa, eu to lá dentro do bolso, ok?
 
segunda-feira, janeiro 09, 2006
  maleta não é muleta.
Já disse o professor Lingüiça, e eu faço dele minhas palavras:

"A única vez que me enganei foi quando pensei estar enganado."
 
quinta-feira, janeiro 05, 2006
  Sofia. she just locked the door
A rua estava silenciosa e parecia até que suas preces para o cachorro não acordar, funcionaram.
Andou. Andou. Andou. E o caminho até a estação nunca pareceu tão longo. Olhava aos lados com medo que seu mundo a seguisse no olhos, e um medo de deixá-lo, estancado em seu coração.
Seu dinheiro dava mas preferiu não comer, sentir as borboletas no estomago. Mariposas na verdade. Apenas mariposas.
Comprou a passagem, conferiu o destino e entrou no ônibus assim que esse estacionou para receber os bilhetes.
Pensava nas suas pessoas mas com carinho tentou não enlouquecer. O velho discman (aquele mesmo do primo mais velho que passou pro irmão mas velho que não fez questão nenhuma de preservar) dava a calma e dava intensidade ao mesmo tempo. O silêncio não era ausência. Era hoje o som da coragem que batia naquele coração que já tinha se machucado antes mas, era imenso demais e tinha espaço sobrando no mundo dela para tudo aquilo.
Encostou na janela e pensou em todas aquelas imagens reais que vinham, puramente, de sua imaginação e que a deixaram tão cega. Elas brilhavam muito e andar sem enxergar é preciso mesmo muita coragem. E ela conseguia se orientar.

As curvas pareciam suaves, bonitas, e a adrenalina virava verbo.

Antes cor. Agora cor... e som.
 
quarta-feira, janeiro 04, 2006
  Just
Só não me assuste, porque sabe como é. Eu grito
Só não grite, porque sabe como é. Eu choro
Só me traga você mesmo, ainda que esqueça as flores
Mas não me mande flores se for mesmo pra esquecer de você
Só seja simples, porque sabe como é. Eu me perco fácil
Só não se esconda, sabe como é... vai que o vento pare de soprar
Só não me picote.
Eu inteira já sou bem pequena.
Só não me olhe, se você ainda lembrar oque realmente quer dizer
Só não me apague, se não quiser realmente que eu volte a te seguir

Só não seja, se não for pra ser comigo
Só não pule. Ou pule mesmo
mas só mesmo se eu estiver ai
Só não deixe isso passar, se for realmente esquecer que cor que era
Só não deixe de pensar pra que eu possa fazer sorrir
Só não deixe de aparecer, ai eu me oriento e acho você.
Só não me abandone, sabe como é. Já disse. Sou muito pequena
no meio de tudo isso que é só você.
 

Minha foto
Nome:
Local: São Paulo, São Paulo

aquela do lugar onde as coisas andavam mais devagar. se mudou e recentemente pega o metrô cheio da linha vermelha.

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