no caminho para casa
Ninguém te disse que seria fácil, nem te avisaram que seria tão difícil.
.Ela não foi a primeira da lista, nem a primeira a ganhar a música que pra ela você dedicou. Não foi a primeira que te fez parar para sorrir, você já sorria antes. Não foi aquela que te fez levantar disposto, não tirou as nuvens do seu céu, não te puxou, empurrou, ou te fez correr.
Não foi a primeira por quem você quis se apaixonar, quem você queria que te levasse para casa ou pegasse sua mão. Da paixão dela você retirou algumas boas frases, algumas trocas de detalhes perfeitos e só. Acabaram-se aí os motivos pelos quais você poderia vim a amá-la de um jeito assim, composto de dois. Fim do jogo, e como um bom jogador, jogar é que importa.
A estrada se fez de paralelepípedos, choveu forte, e você nem gosta tanto de chuva como ela. Os destinos foram invertidos e de repente. Pum! Se desfazer dela foi mais fácil do que você imaginava que seria.
Ficou o resto daquela pequena ''qualquer-coisa-que-seria'' para trás e pronto. Caminhemos de novo até o carro, pegaremos a estrada e cada coisa em seu lugar.
Na verdade demora mais pra falar do que pra pensar.
Ela é graciosa o suficiente para fazer você parar mesmo que, por ironia do destino, ela nem tenha tanta graça pra você quando vista assim de perto. Mania de vírgulas, que mania absurda...mente lógica, ela é lógica. Mesmo sendo triste. Ah! Pronto! Você se perde nela de novo. Dali por diante você levanta disposto, se faz pronto para qualquer comando, seja ele um empurro ou um puxo ou um salto. Como quem espera sempre um novo acorde; você repara na dança da coisa e lá está você, ao lado dela, naquilo que você achou que nunca sentiria: conforto. E é por lá que você se orienta, o mundo feito à quatro mãos.
. o itinerário idealizado que é improvisado com detalhes.