do peso daquela mesma cruz.
. Sou capaz de fazer da minha briga meu abrigo. Meu pai hoje me disse "acho que se um dia eu e a sua mãe vendessemos essa casa, você ficará meses sem falar comigo". E eu tive que ouvir. Sabe como é. Às vezes a música dentro da cabeça resolve sumir bem quando a gente quer que ela toque alto.
TPM, cansaço, nervozismo acumulado. Achei que essa semana tudo ia esvair sabe? Todo o nervozismo do Cacilda, do roubo do celular, dos cartões, das entradas velhas de cinema, do rg. Identidade. Irônico né? "Depois que eu perdi meu rg, eu não senti vontade de fazer outro."
Ser eu cansa às vezes. Lágrimas embutidas nos olhos, a nuvem que paira no olhar não quer ceder e faz frio. Faz muito frio. Não tem solução, get over it. Parece essa a lição da vida nesses ultimos meses. Não há palavra, não há saída, não há pois não há. Saída, não sei bem pra onde. Nenhuma porta leva pra fora do mundo pequeno que, por falta de espaço, se conturba e embarassa todo.
De mim ainda resta eu, e eu poderia perfeitamente discorrer aqui sobre minha fantástica paixão por cheiros de teatro antigo e pelo enquanto para com as manias pessoas-individuais-intransferíveis de cada um que passa por mim e cabe dentro do raio de um pensamento que, às vezes de tão agitado, se reformula a cada passo.
Poderia sim, mas não vou. Hoje eu me sinto gato sem pêlo, atriz sem platéia e não cobrarei de mim que o texto saia menos deprimente do que ele parece na minha cabeça. Não dá.
Da decepção, te peço um abraço. Me abraça?
* Sim, o Cacilda foi feliz. Mas eu guardo pro próximo post. Fez-se tristeza, nada que o tempo não leva.
ouvindo: elevator beat.