desatento
Não acho que é possível fazer tudo que se quer fazer na vida. Não acho e nem por isso desisto de tudo que eu ando fazendo porque tudo isso é oque eu, por enquanto, quero fazer.
Às vezes faz frio. Um frio insuportável. Às vezes não se sabe onde se quer chegar, eu não sei. E quando penso que sei, admito que não quero correr tanto. Maldita cultura essa de atropelar os momentos, de crescer mais rápido, essa cultura de adoração aos precoces.
Talvez compense, quando você chega onde quer (ou mesmo, onde idealiza querer chegar)é bom e reconfortante, mas perde-se tanto. Perde-se absurdos. Não dá mais pra ver o tempo passar. E se você não vê como que você o aproveita? Ou é mesmo assim, pra não aproveitar? Uma vontade imensa de me afogar nos personagens e nas sagas dos indivíduos que meu imaginário cria pra brincar de ser escritora, mas não dá mais tempo pra nada. Nem pra ler direito dá.
Escrevendo pior. Aí, o bicho pega. Quando o teor do texto piora, o "lance" todo é mais pesado. Por não conseguir me aprofundar em nada eu quase que desisto de pensar sobre certas coisas, porque eu me perco no meio do caminho. Daí a voz falha e quando eu vejo, o pensamento já fugiu.
.às vezes eu sinto falta do conforto que era conhecer as certezas da vida.